terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Distúrbios do sono




Você acorda cansado ou com a sensação de ter dormido pouco? Pode ser um distúrbio do sono. Saiba mais sobre eles.

Uma boa noite de sono é fundamental para um dia seguinte produtivo e de uma vida saudável. O cansaço ou a sonolência excessiva durante o dia podem ser reflexo de uma noite mal dormida, ou ainda, de um distúrbio do sono. Vários são os motivos que podem desencadear um distúrbio. A excitação e o estresse emocional são alguns deles. Os medicamentos também podem ser responsáveis pelas alterações do sono, alguns causam sonolência enquanto outros dificultam a conciliação com o sono. Até mesmo alguns componentes alimentares podem afetar o sono, como por exemplo, a cafeína e os temperos fortes. 

Entende-se por distúrbio do sono como alterações relacionadas ao começo ou durante todo o sono. As necessidades individuais em relação à quantidade diária de horas dormidas podem variar muito. Algumas pessoas não precisam dormir mais do que 4 horas diárias enquanto outras necessitam de no mínimo 8 horas por dia. No entanto, independente da necessidade de cada um, o sono passa por diferentes estágios. (Veja no quadro)

 

O estágio 1 é o nível mais leve, nesse momento é possível ser acordado facilmente. Já o estágio 4 é quando se está no sono mais profundo e dificilmente pode ser despertado. Além dos quatro estágios do sono existe ainda outra forma de sono que é acompanhada por movimentos rápidos dos olhos (rapid eyes movements – REM). É no sono REM que a maioria dos sonhos acontece, enquanto que o falar dormindo, o terror noturno e o sonambulismo ocorrem durante os estágios 3 e 4. Durante uma noite de sono normal, o sono REM segue imediatamente após cada um dos cinco ou seis ciclos de sono não-REM de quatro estágios. No entanto, o sono REM pode, na realidade, ocorrer em qualquer estágio.

Os distúrbios do sono mais comuns são: Insônia, síndrome da apnéia do sono, bruxismo e sonambulismo. Entenda cada um deles:

Insônia: é a dificuldade de iniciar o sono, de permanecer dormindo ou uma alteração do padrão do sono, que dá a sensação de ter dormido pouco. Tanto jovens quanto idosos podem sofrer de insônia. Geralmente, decorre de situações extremas de ansiedade, nervosismo, depressão ou medo. Além, da predisposição de algumas pessoas de ter o distúrbio. O uso de alguns medicamentos, o estresse psicológico, o consumo excessivo de álcool e de drogas ilícitas também podem causar insônia. 

A boa notícia é que a insônia pode ser tratada. Após avaliação, o médico indica o melhor tratamento de acordo com a gravidade. Algumas atitudes podem ajudar a driblar a insônia:

- tente permanecer calmo e relaxado antes de se deitar; 
- verifique se a iluminação está suave, se não há ruídos e se a temperatura do quarto está agradável; 
- procure não consumir bebidas alcoólicas antes de dormir; 
- Faça atividades físicas durante o dia e nunca próximo do horário de dormir; 
- No jantar procure comer moderadamente e sempre no mesmo horário.



Síndrome da Apnéia do sono: é caracterizada pela interrupção repetida da respiração durante o sono, que leva a queda de oxigênio no sangue e a despertares. A apnéia do sono pode ser obstrutiva ou central. A primeira causada por uma obstrução da garganta ou das vias aéreas superiores e a outra por uma disfunção da área do cérebro responsável pelo controle da respiração.

O sintoma mais comum é o ronco associado a episódios de respiração ofegante, engasgos, pausas da respiração e episódios de despertar súbito. Nos casos mais graves a apnéia do sono pode causar dor de cabeça, sonolência excessiva durante o dia, atividade mental diminuída e, finalmente, insuficiência cardíaca e pulmonar. Nesta última fase, os pulmões não são capazes de oxigenar o sangue adequadamente nem de eliminar o dióxido de carbono.


Bruxismo: pode ser definido pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono. Apesar de não ter uma causa definida, sabe-se que a força realizada sobre a musculatura e os dentes podem ser excessivas produzindo sintomas como dor facial, desconforto muscular ao morder, dor de cabeça, desgastes dos dentes e danos à gengiva.
Geralmente é o dentista quem faz o primeiro diagnóstico.





Sonambulismo:
 ocorre com maior freqüência na infância. Os sonâmbulos costumam falar, sentar ou andar pelo quarto e por outros ambientes da casa. Nesses casos, algumas medidas de segurança devem ser adotadas para evitar acidentes com a criança. Deixar uma luz acesa no quarto ou num corredor próximo pode reduzir a tendência ao sonambulismo.

Janelas baixas devem ser mantidas fechadas e obstáculos e objetos devem ser removidos do caminho. Não se deve acordar o sonâmbulo bruscamente, ele pode reagir de forma violenta. Geralmente, o sonambulismo desaparece à medida que a criança vai crescendo. 

Fonte: Portal Unimed

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dormir pouco faz mal ao coração das mulheres



Problemas para iniciar ou manter o sono podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares nas mulheres, afirmam pesquisadores da Universidade Duke, dos Estados Unidos.

Os cientistas avaliaram através de questionários a qualidade do sono de mais de 200 voluntários, homens e mulheres, de meia idade, sem doenças conhecidas ou utilização de medicamentos de forma regular. Os questionários permitiam a determinação de outros fatores, como depressão, raiva, e suporte emocional da família.

Para estabelecer o risco cardiovascular dos participantes, foram retiradas amostras de sangue para determinação dos níveis de substâncias que são conhecidas como marcadores de risco para doenças cardíacas e diabetes. Os testes incluíam glicose, insulina, fibrinogênio, além de indicadores de inflamação, Interleucina 6 e proteína C reativa.

A análise dos questionários mostrou que cerca de 40% das mulheres e homens tinham problemas com o sono, esses problemas variavam da dificuldade de pegar no sono e despertar frequentemente durante a noite. O não foi evidenciada diferença entre os dois sexos no que diz respeito a problemas com o sono.

A má notícia para as mulheres veio com o cruzamento dos dados do questionário com os resultados laboratoriais e as avaliações psicológicas.

Dormir mal traz alterações de humor e depressão mais intensamente para as mulheres do que para os homens. Da mesma forma, os marcadores de risco cardiovascular estavam elevados nas mulheres que dormiam pior e que tinham os problemas emocionais mais intensos.

Os pesquisadores não conseguem explicar como são estabelecidas essas relações entre os problemas com o sono e o aumento do risco cardiovascular, mas essa pesquisa parece confirmar o que se sabia de forma empírica: dormir bem é muito importante para a saúde do corpo e da mente.

Fonte: Globo.com

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quando o ronco é sinal de doença?


Se alguém da sua família ou amigo já denunciou ser você um roncador daqueles, vale a pena parar alguns minutinhos para ler esta reportagem. É que o ronco às vezes é "apenas" um barulho incômodo para quem dorme ao seu lado, mas também pode ser um importante diagnóstico para a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono (Saos). O nome pode até ser complicado, mas identificar a doença não, porque ela é de fácil percepção. Quando o ronco vem acompanhado de paradas respiratórias durante o sono, sonolência diurna excessiva e até problemas como pressão alta e batimento cardíaco irregular, é hora de procurar um médico.


Apnéia significa pausa respiratória. "O que chamamos de apnéia do sono é a ocorrência de no mínimo cinco paradas respiratórias por hora de sono, acompanhadas de sintomatologias como ronco e sonolência excessiva durante o dia", explica o pneumologista Pedro Felipe de Bruin, membro da Sociedade Brasileira de Sono.

Na verdade existem dois tipos de apnéia do sono, a causada por uma rara disfunção do sistema nervoso central - a Apnéia Central -, e aquela mais comum em todo o mundo - a Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sono - causada principalmente pela obesidade (a gordura fecha o canal da faringe), mas também por problemas anatômicos específicos, como hipertrofia de amígdala e/ou adenóides (tamanho exagerado da amígdala e/ou adenóides - especície de amígdala faríngea, atrás do nariz). A Síndrome de Apnéia Obstrutiva do Sonoatinge em sua maior parte homens, sobretudo obesos, e mulheres após a menopausa, porém também pode ser de origem hereditária, atingindo inclusive crianças.

O médico Pedro de Bruin explica que com a obstrução da faringe (vias aéreas superiores), o esforço respiratório é iniciado, mas o ar não chega a atingir os pulmões. O ronco é a tradução sonora indicando que há uma diminuição ou estreitamento da via aérea durante a passagem do ar. Se esse estreitamento torna-se severo, então ocorre o fechamento ou colapso da faringe, resultando na apnéia. Dormindo, o apnéico não percebe, mas pára de respirar. Essas interrupções na respiração são breves (duram pelo menos 10 segundos), mas repetidas (cerca de cinco episódios por hora de sono).

Segundo o médico, não há estudos concretos que mostrem quantos brasileiros têm a patologia. "Certamente muitas pessoas sofrem com apnéia do sono, sem saber que é uma doença", comenta. Para a Sociedade Brasileira do Sono, de 2% a 4% das mulheres adultas e de 4% a 9% dos homens adultos são apnéicos, principalmente em maiores de 35 anos. Mais de 4% da população mundial seria apnéico, aumentando para 25% o índice entre idosos.

A apnéia do sono é uma doença crônica e está classificada entre as que mais matam no mundo, por causa do aumento do risco de acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto; o aumento do risco de acidentes de trânsito, em razão da sonolência excessiva provocada pelas noites maldormidas; e as paradas respiratórias e até cardíacas durante o sono. O problema é que poucas pessoas conhecem a doença, e até entre a classe médica o tema é pouco difundido.

A explicação pode estar no fato de que a síndrome só passou a ser descrita nas revistas médicas especializadas a partir da década de 80. Com os poucos anos de estudos aprofundados sobre a doença, ainda há muito a se desenvolver na área: as estatísticas são genéricas, o tratamento clínico é caro, não existe especialidade médica em sono, ainda não há medicamento de comprovada eficácia, os serviços públicos não oferecem ambulatórios específicos, nem o aparelho mais indicado para o tratamento da doença é distribuído de forma gratuita - assuntos a serem tratados com mais detalhes.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Os 10 Mandamentos para uma boa noite de sono



Obesidade, diabete, envelhecimento precoce, perda de memória, entre outros fatores desagradáveis a saúde podem ser causados ou agravados pela insônia, distúrbio que afeta 40% da população brasileira.
A falta de sono durante a noite prejudica o desempenho do dia seguinte, com diminuição da atenção e dos reflexos, aumentando o risco de acidentes de trabalho e de trânsito.
Enquanto dormimos, o corpo trabalha, por exemplo, produz hormônios, como o do crescimento e, substâncias como a leptina, responsável pela sensação de saciedade. À noite são produzidos os antioxidantes, que combatem os radicais livres. A pessoa que sofre de insônia fica estressada, e, essa tensão eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que aumenta a resistência a insulina e faz subir as taxas de açúcar no sangue. 
A Associação Brasileira do Sono tem algumas dicas para uma boa noite de sono:


10 MANDAMENTOS PARA UMA BOA NOITE DE SONO
1. Horário regular para dormir e despertar.

2. Ir para a cama somente na hora dormir.

3. Ambiente saudável.

4. Não fazer uso de álcool próximo ao horário de dormir.

5. Não fazer uso de medicamentos para dormir sem orientação médica.

6. Não exagerar em café, chá e refrigerante.

7. Atividade física em horários adequados e nunca próximo à hora de dormir.

8. Jantar moderadamente em horário regular e adequado.

9. Não levar problemas para a cama.

10. Atividades repousantes e relaxantes após o jantar.