quarta-feira, 20 de março de 2013

Você dorme bem?



O sono ocupa um terço da vida. Por isso, dormir mal é viver mal. Mais: dormir mal não significa, apenas, dormir pouco ou ter o sono interrompido por ruídos. Alguns distúrbios do sono podem até provocar problemas de saúde como infarto ou derrame cerebral, razão pela qual requerem diagnóstico e tratamento.

Segundo o neurologista Rubens Reimão, os distúrbios do sono são muitos e atingem cerca de 25% da população. A insônia, crônica ou eventual, afeta, diz Reimão, 20% das pessoas. Cerca de 4% dos brasileiros têm apneia ou roncam. Os outros distúrbios, mais raros, não ultrapassam, juntos, 1% da população.

Apesar disso, até 20 anos atrás, poucos médicos brasileiros se preocupavam com as conseqüências da má qualidade do sono. Alguns distúrbios, como o ronco, eram vistos como um problema do outro, do companheiro de quarto que se irrita com o som repetitivo causado pela vibração da passagem do ar pelas paredes da faringe. As mulheres, por sua vez, quase nunca admitiam ser capazes de roncar.

Por volta dos anos 80, esse cenário começou a mudar. As pesquisas foram impulsionadas pela invenção do polígrafo, aparelho que permite a realização da polissonografia, um método de avaliação do sono e de suas variáveis fisiológicas. Graças aos avanços dos estudos nessa área, hoje se sabe que os distúrbios do sono tanto podem ser sintomas de enfermidades já existentes como a causa de novas. Alguns deles são uma via de mão dupla. A insônia, por exemplo, na maioria das vezes é provocada por doenças psíquicas, como depressão e ansiedade, entre outras.

Num círculo vicioso, se for grave, poderá ocasionar novas moléstias, físicas ou psíquicas. Dependendo da intensidade, o ronco e a apneia causam hipertensão arterial, infarto, derrame cerebral ou pioram arritmias cardíacas. Doenças respiratórias, como asma, enfisema e fibrose, se agravam, ou, como alerta Lia Azeredo Bittencourt, pneumologista e coordenadora clínica do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), podem até mesmo surgir em conseqüência de distúrbios do sono.

Com a polissonografia é possível descobrir e dimensionar os distúrbios do sono, o que os provoca e quais suas conseqüências. O polígrafo mais sofisticado tem atualmente 16 canais, e cada um deles mede uma atividade diferente. Os resultados obtidos, combinados com os de outros exames clínicos, possibilitam um diagnóstico correto.


Fonte: Portal Sesc

segunda-feira, 11 de março de 2013

Bruxismo infantil


O bruxismo é o ato de ranger ou apertar os dentes, quando estamos dormindo, ou até mesmo durante o dia. É causado por uma excessiva contração dos músculos da face, que possuem íntima relação com os dentes, causando desconfortos, desgastes dos dentes e dores de cabeça. Embora não sejam identificadas as causas exatas, na maioria dos casos, o stress está associado. Em primeiro lugar devemos buscar uma solução, uma resposta junto aos pais, para que se possa diagnosticar o bruxismo infantil.


As crianças que apresentam o bruxismo, na maioria das vezes são crianças agitadas, ansiosas, à vezes medrosas, podem ter uma personalidade forte, não gostam de ser contrariadas e não sabem lidar muito bem com frustrações. São agitadas até na hora de dormir e não se entregam ao sono até ficarem exaustas. Os aspectos psicológicos tais como: agressões reprimidas, problemas escolares e familiares devem ter uma atenção especial, pois se observa um aumento da ansiedade da criança por não conseguir assimilar ou exteriorizar o problema. O diagnóstico precoce e a necessidade de tratamento trará um benefício tanto ao nível dentário, como também em muitos casos psicológicos.

O bruxismo em crianças até seis anos de idade pode ser considerado normal. Desde que não estejam causando desgastes excessivos e desconfortos para a criança Nestes casos, pode ser indicado uma placa de relaxamento de silicone (diferente da placa para tratamento de Disfunção da Articulação Temporo-mandibular, que normalmente é rígida).


Se o bruxismo persiste, devemos optar também por uma terapia de apoio com psicólogos para tratar a parte emocional da criança. Também está indicada a prática de atividades de lazer, esportes que possam ajudar a reduzir o stress e ansiedade da criança, melhorando se emocional. Sendo assim, partindo do princípio que o bruxismo infantil pode ter várias causas, o tratamento ideal não deve ser isolado. É necessária uma integração entre odontopediatras, pediatras e psicólogos, analisando as possíveis causas e o tratamento mais indicado, visando sempre o bem estar da criança.

Fonte: Unimed

sexta-feira, 8 de março de 2013

quinta-feira, 7 de março de 2013

Ronco e paradas respiratórias à noite podem indicar apneia do sono



Dormir ao lado de alguém que ronca não é tarefa fácil. No Brasil, 30% dos homens têm esse problema, contra 10% das mulheres. Mas quem produz o barulho também sofre, muitas vezes sem saber. Isso porque ele pode indicar um distúrbio mais grave: a apneia do sono, que provoca pequenas e constantes paradas respiratórias durante a noite.


Para aprofundar as causas e consequências desse transtorno, que muitas vezes também desencadeia alterações cardiovasculares, o Bem Estar desta terça-feira (31) convidou o cardiologista Roberto Kalil e a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A apneia também leva a microdespertares, uma forma de o cérebro forçar o indivíduo a respirar. Alguns têm flacidez nos músculos da faringe e, quando deitam, o palato mole (“campainha”) vai para trás e obstrui ainda mais a passagem do ar.

Beber demais e estar cansado pode piorar o ronco, pois há um maior relaxamento dos músculos da garganta. Um exame chamado polissonografia, que grava e monitora o sono, é o mais indicado para diagnosticar apneia. Ele é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as filas costumam ser grandes.

Dormir com um oxímetro (aparelho que mede a oxigenação) já ajuda o médico a verificar se o paciente tem falta de oxigenação durante a noite. Casos graves podem ser resolvidos com o uso de um aparelho que fornece oxigênio por meio de uma máscara. Mas esse equipamento é de difícil acesso pelo SUS e até pelos planos de saúde. As cirurgias de garganta, por sua vez, são eficientes apenas em casos bem específicos e com a técnica adequada.

Deitar de lado em geral ajuda a melhorar a apneia. Já a posição de barriga para cima favorece a obstrução do ar. Uma dica é usar um travesseiro comprido (aquele de abraçar com braços e pernas) e prender uma bolinha de tênis nas costas do pijama, para que a pessoa se sinta desconfortável e durma sempre de lado.

O programa desta terça também mostrou a história do motoboy Sandro Serrano, que parava de respirar 582 vezes por noite, o equivalente a 77 vezes por hora e mais de uma vez por minuto. A mulher dele se assustava com a cena repetida, que sempre era seguida por um ronco alto.


Fonte: Bem Estar