Os cientistas avaliaram através de questionários a qualidade do sono de mais de 200 voluntários, homens e mulheres, de meia idade, sem doenças conhecidas ou utilização de medicamentos de forma regular. Os questionários permitiam a determinação de outros fatores, como depressão, raiva, e suporte emocional da família.
Para estabelecer o risco cardiovascular dos participantes, foram retiradas amostras de sangue para determinação dos níveis de substâncias que são conhecidas como marcadores de risco para doenças cardíacas e diabetes. Os testes incluíam glicose, insulina, fibrinogênio, além de indicadores de inflamação, Interleucina 6 e proteína C reativa.
A análise dos questionários mostrou que cerca de 40% das mulheres e homens tinham problemas com o sono, esses problemas variavam da dificuldade de pegar no sono e despertar frequentemente durante a noite. O não foi evidenciada diferença entre os dois sexos no que diz respeito a problemas com o sono.
A má notícia para as mulheres veio com o cruzamento dos dados do questionário com os resultados laboratoriais e as avaliações psicológicas.
Dormir mal traz alterações de humor e depressão mais intensamente para as mulheres do que para os homens. Da mesma forma, os marcadores de risco cardiovascular estavam elevados nas mulheres que dormiam pior e que tinham os problemas emocionais mais intensos.
Os pesquisadores não conseguem explicar como são estabelecidas essas relações entre os problemas com o sono e o aumento do risco cardiovascular, mas essa pesquisa parece confirmar o que se sabia de forma empírica: dormir bem é muito importante para a saúde do corpo e da mente.
Fonte: G1 Ciência e Saúde